segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma fábula

Olá a todos!

Hoje estamos dando um tempinho na série de posts "Verde por dentro e por fora", para deixar uma dica eco-cultural. E, claro, tem a ver com reciclagem.

Para quem ainda não viu, vale a pena conferir o curta "Plastica Bag" ("Sacola Plástica", do americano Ramim Bahrani), que ilustra de forma poética e triste a vida infinita de uma sacola plástica. Pois é, a sétima arte faz florescer poesia em tudo, até mesmo em uma material inanimado que vem causando tantos problemas ao meio ambiente.

"Plastica Bag" é uma bela fábula de como tudo na natureza deveria ter um começo e um fim, encerrando um ciclo para dar início a outro. Infelizmente, não é o que tem acontecido com a maioria dos materiais que o ser humano cria para sua falsa comodidade.

Fica a dica!






terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Verde por dentro e por fora - Celulares

No segundo post da série "Verde por dentro e por fora" não vamos escrever muito a respeito do produto - nesse caso, celulares - mas sim sobre atitude que envolve o seu uso.


Este não é único modelo ecológico.
Mas e sua atitude em relação ao seu celular, é verde?

Já existem no mercado modelos de celulares feitos a partir de materiais reciclados e ecológicos, como o da foto.   

No entanto, não dá para comprar o último modelo ecológico e manter os hábitos de sempre ao usá-lo. O que precisamos mudar é a atitude.

Que tal recarregar a bateria do seu celular conforme as instruções do fabricante? Ou delisgar o dito cujo na hora de dormir (a hora do sono é uma hora sagrada)? E mantê-lo no modo de economia de energia?

Essas são só algumas dicas para prolongar a vida útil da bateria. Mas ser verde não quer dizer somente poupar energia ou recursos naturais. Ser verde é cuidar do meio ambiente, não só as árvores, bichinhos e laguinhos, mas também o lugar onde vivemos, por mais cinza que as cidades possam parecer.

Baixar o volume ou usar fone de ouvido quando estiver ouvindo música em locais públicos, como ônibus, trens e afins; desligá-lo em ocasiões que assim o pedem (cinema, teatro, reuniões, sala de aula); usá-lo somente em situações de emergência e de extrema necessidade, afinal, economiza-se energia e dim dim também.

Esses são exemplos que podem ajudar a melhorar a convivência entre as pessoas, afinal quem não se estressou com um engraçadinho que insistiu em ouvir música alta o caminho inteiro do busão, justo naquele dia em que você estava com a maior dor de cabeça?
 
As carteiras "Verde Assim" são feitas a partir de material reciclado e têm bolsinhos internos para as moças que não largam seus celulares. Para mais modelitos acesse nossa página no Orkut
Enfim, dá para ser verde mesmo usando um celular "antigo" (sabe aquele da semana passada?), basta praticar a atitude verde.


Pontos de coleta de celulares aposentados
no ABC, onde nasceu a "Verde Assim"
E se mesmo assim você ficou com vontade de trocar o seu aparelho, procure um lugar adequado para descartar a bateria e os outros componentes do seu celular. Uma boa dica é o site E-lixo Maps, fácil de navegar e que nos mostra os lugares mais próximos para descartarmos não só celulares, mas todos os tipos de lixo eletrônico. Basta digitar seu CEP e o tipo de material que deseja descartar e voilà... surge o pontinho no mapa!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Verde por dentro e por fora!

Só pelo nome, já dá para saber que as carteiras "Verde Assim" carregam um ideologia: a de serem verdes, ecológicas, eco-chatas, se assim preferirem.

Mas para nós da "Verde Assim" não dá para ser verde só nas aparências. Por isso, vamos publicar uma série de posts a respeito de como ser verde no interior, mas especificamente no interior das famigeradas bolsas femininas.

Pois é... todo mundo sabe que nós mulheres carregamos um mundo dentro da bolsa e, ora bolas, porque esse pequeno mundo não pode ser verde também? 

Uma das criações da "Verde Assim". Para mais modelitos feitos a partir de material reciclado acesse: http://www.orkut.com.br/Main#Home


Dá até para guardar o seu absorvente ecológico e ser verde por dentro e por fora.

Começamos com uma matéria sobre alternativas verdes para absorventes descartáveis, escrita pelas jornalistas Amanda Sakumoto (quer conhecer melhor a Amanda? Ela dá o ar de sua graça no http://amandasakumoto86.wordpress.com/  e no http://dcz-maua.blogspot.com/ ) e Raquel Nantes Tavares (eu mesma que vos escreve).

Divirtam-se... e depois opinem!

Sustentabilidade até naqueles dias

A cada dia aumenta a variedade de produtos sustentáveis. Dessa vez, as ideias ecológicas invadem o mercado de absorventes. Conheça as alternativas e escolha entre ajudar o meio ambiente ou manter a comodidade.

As geleiras derretendo, os rios com mais lixo do que água e você aí, morrendo de cólica. Mais uma semana daquelas se anuncia e a difamada menstruação está para chegar. Pouco importa se o sertão vai virar mar ou se o mar vai virar sertão, contanto que esses dias passem logo e você não tenha que ficar pensando para onde vão todos aqueles absorventes que você vai usar no período. Será?

Não olhar para o próprio sangue e simplesmente descartá-lo com os absorventes íntimos pode ser muito cômodo e um avanço para a liberdade feminina. Mas a natureza não agradece.

Os absorventes estão na mesma lista das fraldas descartáveis, que demoram, pelo menos, 100 anos para se decompor no meio ambiente. Ao longo da vida, uma mulher saudável tem, em média, 400 ciclos menstruais, usando em cada um deles, no mínimo, 10 absorventes. Já são 4.000 pacotinhos, sem contar todo o material que envolve cada um deles e o plástico da embalagem que os acomoda. Multiplique isso pelo tanto de mulheres ocidentalizadas que não vivem sem um absorvente na bolsa e aí podemos visualizar o caos.

Mas alternativas ambientalmente sustentáveis ganham espaço no mercado de absorventes. No Brasil, estão disponíveis duas: o coletor menstrual (que é um copinho para uso interno) e o absorvente reutilizável (uma versão repaginada do paninho da vovó). E algumas mulheres já fazem desse negócio uma forma de ganhar dinheiro pela internet.

O paninho da vovó

Quando eu menstruei a primeira vez, comecei a chorar, pensei que tinha me machucado. Minha mãe não tinha me falado nada antes e eu já tinha 12 anos”, conta a empregada doméstica aposentada Julia Toth, de 72 anos. “Depois que ela foi me explicar, me mostrou os paninhos, como eu tinha que lavar. Minha mãe deixou bem claro que eu não podia mais brincar com meninos, não podia lavar a cabeça, mas isso é tudo besteira, né?”, comenta rindo. Os tais paninhos eram calcinhas de algodão já velhas, “bem lavados e quarados para ficar bem branquinhos”, salienta dona Julia. “Minhas filhas, até certa idade, usaram só paninho”, completa.

Não é preciso voltar no tempo da juventude de dona Julia para usar os paninhos. Uma busca rápida na internet já nos mostra uma série de sites e alguns tutoriais para fazer o seu próprio absorvente reutilizável. Mas para quem tem preguiça ou não leva jeito para artesanato, pode comprá-los prontos. O formato é similar ao do absorvente comum, mas as abas possuem botão no lugar do tradicional adesivo e o custo não é tão salgado: R$ 13,00 (capa+2 absorventes) em média.


Banner do site "Artefatos de Pano". Lindinho, né?

A artista plástica Isabel Graciano produz e comercializa absorventes reutilizáveis há três anos. "Eu usava e fabricava meus próprios absorventes. Um dia uma amiga comentou comigo que também usava e me incentivou a costurar alguns para vender”, relata Isabel. A artesã confecciona os absorventes em seu ateliê em Campinas e os vende no site Artefatos de Pano.

Coletores menstruais

Outra alternativa é o coletor menstrual, uma espécie de copinho feito de material cirúrgico que pode ser fervido e guardado após o uso. Os coletores ainda são pouco conhecidos no Brasil, mas que já são utilizados desde a década de 1930 nos Estados Unidos e na Europa. Mas graças à internet e a iniciativa de mulheres como a bióloga Alessandra Wescher Condessa, o produto começa a ser disseminado no país.


Os tais coletores. Esses são do site MeLuna

Desde o ano passado, Alessandra deixou a biologia de lado para se dedicar totalmente às vendas on-line do coletor MeLuna, importado da Alemanha: “Eu comecei como 100% das revendedoras que se encontram por aí: como usuária. Depois de algum tempo de uso e pesquisa percebi que havia muitos benefícios como a economia, praticidade, higiene e segurança”.

Algumas amigas se interessaram e Alessandra começou a importar o produto e hoje já pensa em expandir o negócio: “Eu tenho me dedicado só a isso, pois além de cuidar das vendas tive todo o trabalho de elaboração do site, a procura por outras formas de divulgação (inclusive junto aos médicos) e o crescimento da empresa”, completa.

Usar para crer

Para saber qual produto melhor se encaixa no seu perfil, leia o relato de mulheres que decidiram experimentar as alternativas verdes para os absorventes descartáveis.

A auxiliar administrativo Eliane da Costa Faustino, de 28 anos, não é uma pessoa empenhada nas causas ecológicas, mas experimentou o absorvente reutilizável. “Eu sei que é preciso reciclar, que estamos maltratando o meio ambiente, mas eu não coloco em prática no meu dia-a-dia. Não utilizo sacólas ecológicas, não separo o lixo, mas sei que  as pequenas atitudes podem fazer a diferença.”

A primeira vista o paninho não parece ser muito prático e o fato de ter que lavá-lo ao final do uso é um ponto negativo. “Não é anatômico, o formato é quadradão. É menos confortável, incomoda um pouco, mas absorve bem o fluxo. O maior problema foi tirar e decidir se lavava ou não”, conta Eliane. “Mesmo sendo meu próprio absorvente, não gostei de ter que fazer a limpeza, mas não é algo tão assombroso assim, incomoda mais pela perda de tempo. Infelizmente jogar fora e colocar outro no lugar é muito mais fácil”, completa.

A rotina de Elaine inclui cuidar da casa e da filha além de trabalhar fora, por isso não tem condições para usar o absorvente de pano todos os dias: “Eu não utilizaria durante todos os meus ciclos”, Elaine confessa. “Se estou no trabalho prefiro não usar. Mas, se o ciclo coincide com o final de semana, se for ficar em casa eu usaria o abiosorvente”, conclui.

Já eu, eu mesma - Raquel Nantes Tavares, jornalista recém-formada, 24 anos - me dei melhor com o coletor menstrual. O tamanho assusta um pouco, mas é bastante maleável. De início dá trabalho colocar, mas logo ele se ajeita a anatomia do corpo. eu não senti desconforto algum, pelo contrário, parecia que não estava usando nada.

Durante o teste, eu dormiu com o coletor, fui trabalhar, sai com o namorado e passei horas fora de casa. Fiz tudo o que tinha direito. E ao contrário de muitas outras vezes, não manchei uma calcinha, não precisei levar aqueles tijolinhos na bolsa e não pensei um minuto sequer se o absorvente estava marcando.

O teste deu tão certo que o meu coletor já está guardado para os próximos ciclos. Ele é uma ótima alternativa para os absorventes descartáveis. É muito confortável e prático. E o melhor de tudo é dormir com a consciência tranquila por não estar jogando mais um monte de absorvente no lixo.

E aí? Criou coragem para tentar ser um pouquinho mais verde até naqueles dias?